E o grande filme de 2008 é: Slumdog Millionaire. Já arrecadou o globo de ouro e acredito que possa conseguir igual proeza nos Óscares. O grandioso Danny Boyle, de quem sou grande admirador, que já nos trouxe obras-primas como Trainspotting ou 28 Days Later ou Sunshine, voltou a fazer das suas. Num exercicío de estilo muito próprio traçou neste filme um hino à vida e uma celebração do amor. Co-realizado com um autor indiano (Loveleen Tandan), o filme trata precisamente da vida em Mumbai (a antiga Bombaím) sob os olhos de Jamal Malik. Slumdog que se traduz em algo como "cão de favela" é Jamal. Um entre muitos miúdos pobres que vivem na rua, do lixo e da esmola, alvos constantes de maus tratos e abusos. Miúdos que vivem de sonhos e ilusões acerca da vida e do futuro.
Jamal desde cedo sofre as intempéries de uma vida difícil numa cidade difícil, num país díficil. Onde religião e política e crime organizado coexistem, num verdadeiro inferno terreno, mascarado sob amontoados de lata a que alguns chamam casa. A sua vida vai dar muitas voltas e um dia descobrirá o amor. E é aí que tudo se concentra.
Jamal, miúdo que serve chá a outros e que não teve qualquer educação, resolve um dia participar no célebre Quem Quer Ser Milionário e realiza uma caminhada triunfante até ao prémio final. Tudo por amor, tudo para encontrar a felicidade que desde sempre procurou. Obviamente, a constatação deste facto não é feita de ânimo leve pela sociedade indiana. Afinal, Jamal é apenas um pobretanas analfabeto.
Danny Boyle fez um retrato muito crú e genuíno da sociedade e cultura indiana. Mas não o fez com um peso dramático exagerado, não é um filme para nos levar às lágrimas de tristeza. A forma leve com que realizou é um ponto a favor. Outro, é a belíssima fotografia e os cenários retratados. Boyle tem este hábito, de criar uma ambiência que seja quase palpável, criando um pano de fundo extraordinário para os seus filmes. Gosto que o filme não tenha pudor no retrato que faz de uma Índia ainda muito díspar, onde o peso da religião e das diferenças sociais é elevado, mesmo nos dias de hoje. Como complemento temos ainda a música, que certamente irá arrecadar bastantes prémios também (o globo já foi).
Tudo isto é verdade, mas o filme carrega consigo uma mensagem bem mais vasta. Como disse, é um hino à vida, à sobrevivência, à capacidade de lutar por um fim melhor, à força de acreditar. E é uma celebração do amor. Para os que crêem que há um final feliz para todos, haja o que houver pelo meio. Achei-o uma obra fantástica, que merece sem dúvida um lugar na história dos grandes filmes. Recomendado por um total de 10 taralhões!
Jamal desde cedo sofre as intempéries de uma vida difícil numa cidade difícil, num país díficil. Onde religião e política e crime organizado coexistem, num verdadeiro inferno terreno, mascarado sob amontoados de lata a que alguns chamam casa. A sua vida vai dar muitas voltas e um dia descobrirá o amor. E é aí que tudo se concentra.
Jamal, miúdo que serve chá a outros e que não teve qualquer educação, resolve um dia participar no célebre Quem Quer Ser Milionário e realiza uma caminhada triunfante até ao prémio final. Tudo por amor, tudo para encontrar a felicidade que desde sempre procurou. Obviamente, a constatação deste facto não é feita de ânimo leve pela sociedade indiana. Afinal, Jamal é apenas um pobretanas analfabeto.
Danny Boyle fez um retrato muito crú e genuíno da sociedade e cultura indiana. Mas não o fez com um peso dramático exagerado, não é um filme para nos levar às lágrimas de tristeza. A forma leve com que realizou é um ponto a favor. Outro, é a belíssima fotografia e os cenários retratados. Boyle tem este hábito, de criar uma ambiência que seja quase palpável, criando um pano de fundo extraordinário para os seus filmes. Gosto que o filme não tenha pudor no retrato que faz de uma Índia ainda muito díspar, onde o peso da religião e das diferenças sociais é elevado, mesmo nos dias de hoje. Como complemento temos ainda a música, que certamente irá arrecadar bastantes prémios também (o globo já foi).
Tudo isto é verdade, mas o filme carrega consigo uma mensagem bem mais vasta. Como disse, é um hino à vida, à sobrevivência, à capacidade de lutar por um fim melhor, à força de acreditar. E é uma celebração do amor. Para os que crêem que há um final feliz para todos, haja o que houver pelo meio. Achei-o uma obra fantástica, que merece sem dúvida um lugar na história dos grandes filmes. Recomendado por um total de 10 taralhões!
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