segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Insosso...


À partida, qualquer filme com Bruce Willis é, para mim, incentivo suficiente para ser visto. E se ainda por cima a premissa for remotamente interessante e incluir o que parece ser uma história capaz de proporcionar um bom bocado de entretenimento, tudo apontará para um bom filme.

Pois....

Como as coisas nem sempre são como as queremos, acho que o mesmo se pode dizer de Surrogates. Ainda por cima num ano em que também tivémos Gamer, que inevitavelmente nos leva a comparar ambas as produções, o falhanço sobressai ainda mais. Surrogates tem uma história interessante mas nada inovadora. A premissa futurista de humanidade perdida e rendida aos fascínios da tecnologia. A ideia da sociedade "perfeita" e a que custo a alcançamos. Giro, mas nada de novo. Até no 6th Day com o Arnold tínhamos algo parecido. Portanto, já que não vamos inovar ao menos que façamos a coisa bem feita. Mas nem por isso, a história é previsível e com isso conseguimos antever quase sempre o próximo passo. As personagens não são trabalhadas o suficiente ao ponto de conseguirmos empatia com qualquer uma delas. Nem a personagem de Bruce Willis nos consegue cativar com tão pouca profundidade que lhe dão.

As cenas de acção também estão longe de extraordinárias. Temos uns atropelamentos, uns carros a capotar e uns pulos engraçadotes em CG razoável. Mas muito pouco. O final é previsível e a suposta mensagem de ponderação sobre o que significa ser realmente humano está longe de ser tocante e profunda.

Em suma, não direi que se trata de um filme mau. Isso seria exagerar. Mas trata-se de apenas um filme razoável. E filme de acção com o Bruce Willis que não passa do razoável é automaticamente desilusão.

Visto por uns pouco conformados 5 em 10 taralhões.

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